por Tatiana Guedes
Nunca fui aquela típica fã da Eva Yerbabuena. Sempre gostei mais do flamenco cigano. Para mim, no que tangia ao baile, guitarra e cante, era flamenco cigano até morrer. Até sexta-feira passada, vinte e sete de fevereiro, Festival de Jerez, quando assisti “Lluvia”, um dos shows de flamenco mais emocionantes e bem concebidos que até hoje nao tinha visto. Eu, que de exageros sou, agora sou Yerbabuena até morrer. Fã? Mais que fã, o seguinte disso.
Não é à toa que essa bailaora, bailarina, idealizadora, criadora, pensadora (e muito mais...) se destaca dentro do seu mundo e de outros mundos também. Sua proposta era estreiar no Festival de Jerez um espetáculo sobre a solidão e o desamor, como a própria autora comenta, revelar por completo a si mesma.
Autêntico, sensitivo, revelador, desmoronador. Definitivamente não foi mais do mesmo sobre a solidão e o desamor. A platéia, ao final, em prantos, mimetizados com a artista ao som de “Se nos rompió el amor” por bulerías. Eu chorei, o que estava ao meu lado chorou, e o da frente também. Afinal não somos todos aqueles que um dia choramos em um quarto escuro? Sim, estávamos tristes, sozinhos e mal amados.
Ao terminar o show me dou conta das vantagens de morar em Andaluzia, sinto o ar de Jerez de la Frontera e para terminar com chave de diamante a noite, vou a tomar “una cervecita” e comer “una tapita”.
Nunca fui aquela típica fã da Eva Yerbabuena. Sempre gostei mais do flamenco cigano. Para mim, no que tangia ao baile, guitarra e cante, era flamenco cigano até morrer. Até sexta-feira passada, vinte e sete de fevereiro, Festival de Jerez, quando assisti “Lluvia”, um dos shows de flamenco mais emocionantes e bem concebidos que até hoje nao tinha visto. Eu, que de exageros sou, agora sou Yerbabuena até morrer. Fã? Mais que fã, o seguinte disso.
Não é à toa que essa bailaora, bailarina, idealizadora, criadora, pensadora (e muito mais...) se destaca dentro do seu mundo e de outros mundos também. Sua proposta era estreiar no Festival de Jerez um espetáculo sobre a solidão e o desamor, como a própria autora comenta, revelar por completo a si mesma.
Lluvia nace de un día gris de pura melancolia.Quiero explorar mis inicios, incomodando quizá un poco (porque es muy fácil definir a la persona que tienes en frente y no eres tú) a todos aquellos que creen conocerme. Mis orígenes son el amor en la más pura soledad. Quiero decir con esto que no creo en el amor maravilloso, sino en el aquel que hace conocer parte de tu esencia que ni siquiera sabias que existían...E para quem pensou que se ia encontrar com muita água sobre o cenário (porque era óbvio pensar assim...) se sorpreendeu mais uma vez. Nenhuma só gota caiu no cenário. A “Lluvia” era algo mais profundo e não tanto como o significante e o significado.
Autêntico, sensitivo, revelador, desmoronador. Definitivamente não foi mais do mesmo sobre a solidão e o desamor. A platéia, ao final, em prantos, mimetizados com a artista ao som de “Se nos rompió el amor” por bulerías. Eu chorei, o que estava ao meu lado chorou, e o da frente também. Afinal não somos todos aqueles que um dia choramos em um quarto escuro? Sim, estávamos tristes, sozinhos e mal amados.
Ao terminar o show me dou conta das vantagens de morar em Andaluzia, sinto o ar de Jerez de la Frontera e para terminar com chave de diamante a noite, vou a tomar “una cervecita” e comer “una tapita”.